Laboratórios da UFSM-Cesnors estão fechados em Frederico Westphalen

Os alunos de Comunicação Social — Jornalismo e Relações Públicas — da Universidade Federal de Santa Maria do campus de Frederico Westphalen (Cesnors), não devem contar com práticas feitas em laboratórios nos próximos dias letivos. A falta de técnicos da área para cuidar os oito laboratórios de atividades práticas, de pesquisa e extensão fez com que a decisão fosse tomada em uma reunião do Departamento de Comunicação com integrantes do colegiado na última sexta-feira.

Segundo a professora Lana D'Ávila Campanella, chefe do departamento, o corte no orçamento de 2015 foi o que motivou a decisão. Ela explica que desde que os cursos foram criados, há cerca de oito anos, as atividades práticas nunca contaram com técnicos.

— Eles funcionaram por um esforço do corpo docente, que tirava recursos do departamento para destinar a bolsas de monitoria. Era um monitor por laboratório. Se tivessem técnicos, os laboratórios poderiam funcionar em tempo integral, e não só durante as aulas práticas. Temos interesse em uma solução, seja ela proposta pela direção ou pela reitoria. Não é uma retaliação, neste ano as verbas enxugaram e não teremos mais as bolsas de monitoria. Esta solução era um arranjo, não era o ideal e o correto — explica a professora.

Conforme Lana, os professores estão trabalhando para evitar que os alunos sejam prejudicados. Ela aponta que das cerca de 10 disciplinas que usariam os laboratórios, foi solicitado que os professores adiantem a parte prática do conteúdo. Não há uma definição de quanto tempo os laboratórios correm o risco de estar fechados.

Os acadêmicos dos dois cursos estão preocupados com a qualidade do ensino. Na manhã desta quinta-feira se reuniram para decidir ações de mobilização. Uma delas foi espalhar cartazes pelo campus, e um grupo foi formado e deve agendar uma visita ao campus da UFSM em Santa Maria para reunir-se com o reitor, para pedir uma solução.

— Queremos resolver a situação e contar que não tenhamos que usar os nossos próprios equipamentos, como nossos celulares. Esperamos boas notícias e na semana que vem devemos ter mais encaminhamentos — explica Adriano Dal Chiavon, acadêmico do 5º semestre de jornalismo e integrante do Diretório Acadêmico de Jornalismo.

O diretor do Cesnors, Genésio Mario da Rosa, explica que também está preocupado com a situação, mas que as vagas de técnicos não existem, e deveriam ser criadas pelo governo federal.